Cientistas anunciam novo tratamento para aliviar o cotidiano de quem sofre de enxaqueca

Só quem sofre de enxaqueca sabe o que é sentir tal desconforto.

A dor de cabeça lancinante impede que o cotidiano possa transcorrer normalmente e todas as atividades ficam prejudicadas. Dor e mau humor são companheiros constantes.

Pois é, mas o sofrimento – ao que parece – está perto de terminar, quem sabe definitivamente.

É que uma nova terapia contra tais crises (a primeira aprovada em um espaço de 20 anos) desponta com ares de promessa eficaz para tratamento da cefaleia.

Opa! Boa notícia!

Se você sofre com o problema (ou conhece alguém nessa condição), saiba que – de acordo com novos estudos publicados no periódico científico New England Journal of Medicine – medicamentos de uma nova classe, a dos anticorpos monoclonais, são as novas possibilidades no tratamento do problema.

Por quê?

Porque agem atacando a proteína do cérebro responsável pelos sintomas da enxaqueca (por exemplo, náuseas e dor de cabeça intensa).

Uma das experimentações – realizada com o erenumabe (medicamento produzido pela farmacêutica suíça Novartis) em cerca de 50% dos voluntários – resultou em uma redução expressiva das crises de enxaqueca (o número caiu pela metade).

Paralelamente, o fremanezumabe, outro anticorpo (só que fabricado pela israelense Teva) teve o mesmo resultado em 41% dos pacientes analisados.

Para observar os efeitos, os estudiosos submeteram os voluntários a injeções dos medicamentos, anticorpos designados para bloquear um composto químico cerebral (o peptídeo relacionado ao gene de calcitonina, que funciona como uma defesa aos estímulos externos, causando uma leve inflamação, mas quando liberado em quantidades elevadas culmina na enxaqueca).

A conclusão foi a de que participantes que receberam tratamento tiveram – em média – “menos três dias de crise” em espaço de um mês.

Já é um passo importante, não?

E não foi só isso. Aqueles que foram submetidos às injeções com o anticorpo também expressaram uma importante melhora na aptidão física durante todo o período do tratamento.

A comunidade científica aplaudiu a novidade. Afinal, não é incomum que a enxaqueca seja banalizada, tratada apenas como uma dor de cabeça mais forte. Porém, é de amplo conhecimento, trata-se de uma condição crônica, que debilita – e muito! – o indivíduo.

É para quem sofre de enxaqueca comemorar...e muito!

[Fonte: Veja.com]