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Não faz muito tempo que o 20 de novembro ganhou destaque no calendário anual brasileiro. O Dia da Consciência Negra foi estabelecido por meio do projeto Lei nº 10.639, no dia 9 de janeiro de 2003, mas a lei que criou a data só foi sancionada em 2011.
A data – que homenageia Zumbi, escravo líder do Quilombo dos Palmares – vem sendo comemorada, oficialmente, no Brasil há apenas cinco anos, mas a relevância de tal registro redime o tempo que levou para ser feito.
O Dia da Consciência Negra propõe reflexão sobre a importância da cultura, das tradições e do povo africano para o desenvolvimento e a evolução da cultura brasileira.
Dentre os inúmeros segmentos que foram profundamente influenciados pela cultura africana merecem destaque a sociologia, a música, a política, a religião e a gastronomia.
O dia específico foi escolhido por ser a data de morte de Francisco, negro capturado – com poucos dias de vida – pela expedição de Brás da Rocha Cardoso, dado de presente ao padre Antônio Melo e que, aos 15 anos, fugiu para Palmares adotando o nome Zumbi.
A data de falecimento do último líder de Palmares – refúgio de escravos africanos e afrodescendentes localizado na Serra da Barriga (então Capitania do Acre que, hoje, pertence ao município de União dos Palmares, em Alagoas) – foi descoberta por historiadores no início da década de 1970.
A partir desse registro, durante um congresso realizado em 1978 – e em meio a Ditadura Militar – o Movimento Negro Unificado Contra a Discriminação Racial elegeu a figura de Zumbi como  símbolo da luta e resistência dos negros escravizados no Brasil assim como da luta por direitos que seus descendentes reivindicam.
O dia 20 de novembro tem por objetivo trazer à tona as dificuldades que os negros passam há séculos e também propor à sociedade uma reflexão sobre a importância estrutural que a cultura africana tem, na história do Brasil e na sociedade em que vivemos hoje. 

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