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Agora que o mundo, enfim, teve acesso às vacinas para imunização contra a Covid-19, a pergunta que muitos começam a se fazer é por quanto tempo elas farão efeito. 

Uma vez vacinada, até quando a pessoa estará imune às ações mais agressivas do novo coronavírus?

A resposta, clara e objetiva, direta e reta, baseada em evidências, ninguém tem ainda. Nem podia ter, afinal – é preciso sublinhar – não se passou muito tempo desde o surgimento da doença. 


No entanto, mesmo com um curto período para análise, o mundo já conta com algumas descobertas bastante animadoras.


Uma delas diz respeito à memória imunológica.

 

Quando o sistema imunológico entra em contato com um antígeno pela primeira vez, leva alguns dias para que os componentes da resposta específica sejam ativados completamente.

 

O resultado de tal encontro é a geração de células de memória, que têm vida longa e que armazenam a informação de como destruir o antígeno. A partir disso, se voltarmos a encontrar com ele, a resposta secundária será muito mais rápida, potente e eficaz graças à ativação dessas células de memória.


É por esta razão que tomamos a vacina, com o objetivo de gerar células de memória capazes de controlar esse patógeno caso venha a ocorrer a infecção por contágio.


Mas voltando à pergunta lá do começo, apesar de não sabermos – com exatidão – quanto tempo vai durar a imunidade contra o vírus SARS-CoV-2, por conta de algumas descobertas temos, hoje, perspectivas bastante promissoras. 


Descobriu-se, por exemplo, que os anticorpos contra o SARS-CoV-2 permanecem na sorologia de pacientes que contraíram a doença por – pelo menos – 8 meses e que eles diminuem em uma velocidade bem menor do que se temia inicialmente.


Hoje já sabemos, também, que as células de memória produtoras de anticorpos se mantém muito ativas – e em níveis muito altos – ao longo dos referidos 8 meses. Isso significa poder especular, por exemplo, que conferem proteção por alguns anos.


Estudos mais recentes, inclusive, elevaram tal proteção para, pelo menos, 12 meses com uma aparente seleção voltada para aquelas células de memória mais eficazes.


A notícia que traz alívio é que, tomada a vacina, passa-se a contar com células plasmáticas que vão produzir anticorpos contra o vírus durante, provavelmente, muitos anos.


Mas...e as novas variantes?


É bastante provável que seja necessário aplicar vacinas direcionadas a essas novas variantes. Que, em algum momento, em sendo observado declínio, seja necessário aplicar doses de reforço para fortalecer a imunidade.


De novo... a atual imunidade conquistada é gerada contra o vírus original (que é o teor das vacinas que estão sendo administradas atualmente). Novas variantes – suficientemente diferentes do vírus original – podem, sim, escapar de nossas células de memória, que só se lembram do que já viram.


Neste caso será preciso aplicar vacinas direcionadas a essas novas variantes. 


É por isso que – apesar das atuais sensações de alívio e de otimismo – não se pode baixar a guarda.


É fato que vamos conviver com o vírus por muitos e muitos anos, por isso precisaremos vigiá-lo de perto para que possamos evitar que a história se repita. 


[Fonte: Portal iG // Saúde] 

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