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Boa notícia para a Ciência! E vem do Brasil! Pesquisadores do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF), um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP, com sede na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), conseguiram desenvolver um novo material com propriedades antifúngicas e antitumorais.
O híbrido foi atingido a partir de uma amostra de tungstato de prata (a-Ag2WO4) puro irradiado com elétrons e com feixes de laser com pulsos na escala do femtosegundo (quadrilionésimo de segundo, a escala na qual ocorrem reações químicas, com trocas de elétrons entre átomos e moléculas).
O tungstato de prata – que já vinha sendo investigado pelos pesquisadores há alguns anos – é um material inorgânico com aplicações em fotocatalisadores, fotointerruptores e que pode ser considerado, também, como alternativa para os semicondutores convencionais de banda larga.
“A prata é um elemento químico com propriedades bactericidas, que também são observadas no tungstato de prata. Mas o notável foi verificar que, após a irradiação por elétrons e a construção dos filamentos de prata, o compósito modificado passou a apresentar ação antifúngica até 32 vezes mais eficaz do que a anterior à irradiação”, disse Elson Longo, professor emérito do Departamento de Química da UFSCar e coordenador do CDMF.
A ação antifúngica do compósito modificado de tungstato de prata foi verificada em placas de Petri com culturas do fungo Candida albicans, responsável pela infecção candidíase.
Para confirmar a ação antitumoral do compósito, os cientistas empregaram – em ratos – células tumorais de carcinoma de bexiga. Elas foram expostas por 24 horas a diferentes concentrações do complexo.
De acordo com Longo, os resultados revelaram significativa redução da viabilidade celular. O melhor resultado foi obtido na concentração de 11,58 µg mL, quando se observou uma redução de 80% na viabilidade das células do carcinoma de bexiga.
Interessante, não?
[Fonte: Portal da Enfermagem]
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