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Se você não esteve em Júpiter – digamos – nos últimos dois anos, já leu por aí que a população do planeta, como um todo, está envelhecendo. Seja por conta do custo de vida elevado ou das péssimas estimativas em relação à vida na Terra (em razão das condições adversas do clima e das consequências disso no ecossistema), a verdade é que as famílias estão tendo cada vez menos filhos. Isso quando os têm. 

Como consequência disso saltam aos olhos os números referentes ao público idoso que, por conta dos avanços propiciados pela Medicina, vai ficando cada vez mais longevo. Ocorre, porém, que a idade avançada tem sido – também cada vez mais – acompanhada por demência.

E é este, atualmente, um dos maiores desafios de todos os serviços de saúde do planeta: preservar a saúde dos idosos protegendo-os da ocorrência da desordem mental.

Estima-se que, atualmente, sejam 50 milhões de pessoas no mundo sofrendo com o problema. E as notícias para o futuro não são nada alentadoras: os prognósticos dão conta de que, em 2050, serão 150 milhões de idosos com demência.

Pois é, mas um estudo longitudinal (que analisa um grande volume de dados ao longo de muitos anos) – realizado pelo University College London e publicado na revista científica “PLOS Medicine” – revelou que manter uma vida social ativa é poderoso recurso para evitar a demência.

A pesquisa avaliou os dados de mais de 10 mil pessoas, todas entrevistadas em seis ocasiões (entre 1985 e 2013).

O foco era avaliar o convívio de pessoas na faixa dos 50, 60 e 70 anos com outros indivíduos e observar como este contato poderia atuar protegendo contra o declínio cognitivo (outros fatores, como escolaridade, estado civil e status socioeconômico também foram computados).

O resultado?

Foi o mais claro possível: o aumento do convívio social faz – sim – diferença.

Os estudiosos concluíram que uma pessoa na faixa dos 60 que encontre amigos quase diariamente tem 12% menos chances de desenvolver demência, se comparada a outra, que só vê um ou dois amigos em intervalos de meses.

Para os grupos de 50 e 70 anos, a estatística não foi, assim, tão significativa, mas, de acordo com os pesquisadores, os benefícios foram idênticos.

Interessante, não?

Então, já anote aí para que possa proporcionar uma melhor qualidade de vida aos idosos que vivem ao seu redor: o segredo da longevidade – com mente saudável – é a convivência intensa.

Nas palavras de Gil Livingston, também professor da universidade que realizou a pesquisa, “quem se engaja socialmente exercita suas habilidades cognitivas, como linguagem e memória e isso pode ajudar a criar uma espécie de ‘reserva’ mental”.


[Fonte: G1 // Bem Estar] 

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