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– Eu não vou começar a fazer musculação coisa nenhuma! Detesto! E não, eu não tenho gordura no fígado!


PÉÉÉMMM!!

Tudo errado. Volte três casas no jogo e tente outra vez.

Primeiro: todos nós (todo mundo, sem distinção) precisamos nos exercitar diariamente se quisermos ter saúde e longevidade. O corpo humano foi projetado para se movimentar e a velha brincadeira que dá conta de que tudo o que não se usa termina por enferrujar é mais do que certa.

Segundo: ah, você tem gordura no fígado, sim, viu? Todo mundo tem! Pelo menos um pouquinho. E o que não pode é deixar que ela aumente.

Tá, tudo bem, quando pensamos em gordura no corpo, já visualizamos a “visita indesejável” em nossas partes visíveis, ou seja, barriga, braços, pernas...

Maaasss, ela também se acumula nos órgãos e o fígado – adivinha? – sofre muito com a referida presença, quando anormal, dentro dele (visto que segura o consumo excessivo de álcool e alimentos pesados). Uma vez lá acondicionada, em excesso, a gordura torna-se tóxica para o referido órgão.

Então...A partir disso, como fazer para cuidar direitinho do fígado?

A recomendação é: praticar musculação!

Mas quem disse isso?

Obviamente que não fomos nós, foram estudiosos da área, nós estamos só te repassando.

 A determinação ganha todo o sentido se nos debruçarmos sobre os resultados de um estudo realizado por pesquisadores brasileiros da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e da USP (Universidade de São Paulo) em parceria com colegas das universidades de Harvard e de Massachusetts College of Pharmacy and Health Sciences, nos EUA.

O trabalho (que teve apoio da Fapesp – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo e foi publicado, recentemente, no periódico internacional Journal of Endocrinology) trouxe experimentos feitos com camundongos. Submetidos a 15 dias de treino moderado de força, os animais apresentaram uma importante redução no acúmulo de gordura no fígado, além de uma melhora sensível no controle da glicose no organismo.

– Ah, mas isso aconteceu com os ratos...– pensou você aí.

Que conversa é essa de sedentário (a)? Pode ir fazendo o favor de colocar a roupa de ginástica e se encaminhar para a academia para fazer a sua musculação de hoje! 

Os próximos passos dos pesquisadores devem incluir testes com humanos para que possam encontrar detalhes de como – exatamente – acontece o impacto positivo do exercício muscular na contenção de gordura no fígado.

Tá, você empacou aí, cristalizou na ideia de que não, você não tem nem sombra de gordura no fígado, certo?

Então, vamos repetir, dessa vez com as palavras de Leandro Pereira de Moura, professor da Unicamp e coordenador da pesquisa: “Todo mundo tem um pouco de gordura no fígado. E quando há um acúmulo sem tratamento adequado, o quadro pode evoluir para uma inflamação, a esteato-hepatite. Se continuar não tratando, pode até se desenvolver para uma cirrose e, em casos mais extremos, carcinomas (tumores malignos)”.

Entendeu, né?

É a mesma lógica (só que na versão adulta) que mães usam com seus filhos, na tenra idade, para que se desenvolvam de maneira saudável:

- Verdura. Não gosta, mas tem que comer para crescer.

- Musculação. Não gosta, mas tem que fazer para viver. 


[Fonte: G1 // Ciência e Saúde]

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