Laço Branco, um símbolo muito importante para marcar este 6 de dezembro, dia de lutarmos pelo fim da violência contra as mulheres
A ideia remete tanto à Idade da Pedra, não?
Violência não deve ser aceita em nenhuma situação, contra qualquer pessoa ou ser vivente, mas registrar seus episódios, ocorridos simplesmente pela vítima carregar a condição de fêmea, é de um atraso impossível de dimensionar, gera repulsa, uma sensação de que, realmente, a Humanidade falhou.
Hoje, 6 de dezembro, celebra-se – no Brasil – o Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres.
Parece absurdo haver necessidade de uma data como esta em pleno século XXI, não? Mas, infelizmente, há. E muita necessidade!
As ocorrências de violência contra as mulheres se repetem, mais e mais, e a sociedade precisa se levantar contra este panorama.
A data comemorativa foi instituída no calendário brasileiro por meio da lei nº 11.489/2007 e remete a um evento – deplorável – ocorrido em 6 de dezembro de 1989, em Montreal, no Canadá.
Na ocasião, Marc Lepine invadiu uma sala de aula da Escola Politécnica, mandou que os homens se retirassem atirou nas mulheres presentes. Assassinou 14. E se matou em seguida.
Motivo? Em uma carta, ele deixou registrado que não suportava a ideia de ver mulheres estudando Engenharia, um curso – para ele – tradicionalmente masculino.
Dá para acreditar?
Pois é. Na época, o crime mobilizou a opinião pública local, deu o “start” em um debate que versou sobre desigualdades entre homens e mulheres e levou um grupo de homens canadenses a criar a Campanha do Laço Branco.
O movimento – que felizmente cresceu e ganhou o mundo – tem a missão, hoje, de promover a igualdade de gênero, os relacionamentos saudáveis e uma nova visão da masculinidade.
O laço branco – adotado como símbolo – representa o lema assumido, que diz que jamais se deve cometer um ato violento contra mulheres e que não se pode fechar os olhos diante de tal agressividade.
Aqui no Brasil, a Campanha do Laço Branco é coordenada pela Rede de Homens pela Equidade de Gênero (RHEG) e constituída por um conjunto de organizações não governamentais e núcleos acadêmicos.
Atuando em espaços públicos, escolas, instituições de saúde e empresas públicas e privadas, a RHEG promove eventos e atividades com o objetivo de sensibilizar, envolver e mobilizar os homens no engajamento pelo fim da violência contra a mulher.
E os que integram o grupo fazem o trabalho de conscientização divulgando material informativo e educativo.
Estejamos sempre alertas para acabar com a violência contra mulheres!
[Fonte: http://www.spm.gov.br]